5 erros que as empresas cometem ao contratar trabalhos de Ergonomia
Contratar um trabalho de Ergonomia sem propósito e objetivo definidos pode ser um tiro no pé. Entender o que está sendo contratado e o resultado do que foi feito pode evitar que o investimento no trabalho seja uma frustração.
Muitos são os motivos para se realizar um trabalho de Ergonomia, mas alguns erros que são cometidos pelas empresas podem significar o desperdício de muito dinheiro e criar a impressão de que a Ergonomia não seja um item essencial para uma empresa. Citaremos a seguir alguns dos motivos que levam empresas a investir em Ergonomia, e podemos aprofundar essa discussão em um próximo post. Seguem os motivos:
Essa falta de conhecimento sobre Ergonomia é o que leva às contratações de trabalhos sem objetivos e propósitos claros, e o resultado final são documentos e processos engavetados, e, claro, perda de tempo e dinheiro dos envolvidos. Quando a proposta de trabalho não é bem planejada, os consultores de ergonomia acabam fazendo um trabalho que "acreditam" ser o melhor para aquela empresa, mas nem sempre as expectativas são atendidas. E a frustração acaba se tornando real para ambas as partes: os contratantes seguem com propostas que não entendem, e os contratados apresentam resultados que não são compreendidos e nem levados à sério como seria necessário.
Quais são então esses erros cometidos no momento da contratação do Trabalho de Ergonomia que levam à essas frustrações? É necessário entender um pouco do processo de trabalho da ergonomia para evita-los.
Vamos aos 5 principais erros:
1. Não entender a diferença entre "Laudo Ergonômico" e "Análise Ergonômica" e contratar o trabalho sem saber exatamente que tipo de documentos (informações) realmente precisa e irá receber.
Boa parte das empresas fazem a seguinte solicitação: "Preciso um orçamento de laudo ergonômico para minha empresa". Existem diferenças entre Laudo e Análise Ergonômica. De forma bastante resumida, a análise seria um estudo aprofundado de uma situação de trabalho, e o laudo seria um parecer técnico sobre alguma questão específica dessa situação de trabalho. Assim, caso essa diferença não seja entendida no ato da contratação do trabalho, o relatório final pode apresentar resultados diferentes do esperado. Por exemplo: a empresa desejava um laudo técnico sobre uma cadeira a ser adquirida para um escritório, mas solicitou uma análise ergonômica e acabou recebendo um relatório com detalhamento de toda a questão ergonômica do escritório. Não só esse trabalho custou mais caro que o necessário, por ser mais completo e aprofundado, mas também acabou elucidando uma série de questões que a empresa talvez não tenha o objetivo de trabalhar no momento. Isso acaba levando a empresa a entender que o investimento não valeu a pena.
2. Solicitar a elaboração de análises ergonômicas de todas as atividades da empresa, sem entender, de fato, qual a demanda para a realização dessas análises.
Essa é uma das situações mais comuns. A empresa relata apenas que precisa fazer a análise ergonômica de todas as atividades da empresa. A razão: simplesmente para ter todas as análises em mãos, pois acredita que isso a deixa com a situação ergonômica sob controle. Mas o problema já começa na elaboração do orçamento, pois o tempo e a dedicação demandados para realização de análises ergonômicas de todas (todas!) as atividades de uma empresa é grande, e isso acaba custando caro. Além desse tipo de demanda gerar orçamentos caros e tempo longo para a conclusão do trabalho, outro problema comum decorrente dele é a falta de ações resolutivas após a realização das análises, pois a empresa já "gastou" todo seu tempo e fôlego financeiro apenas para levantamento dos dados. Pode ser que, para algumas empresas, seja realmente necessário realizar a análise ergonômica de todas as atividades, e pode ser inclusive muito interessante ter o conhecimento geral de toda a questão ergonômica da empresa. Entretanto, há maneiras práticas e menos dispendiosas, e inclusive mais efetivas, para se fazer isso.
Existem o Censo de Ergonomia, o Mapeamento Ergonômico, entre outras ferramentas que podem ser usadas. Tudo está no planejamento adequado do trabalho, quando há, de fato, uma demanda clara e objetiva das necessidades da empresa.
3. Entendimento de que ter um Trabalho de Ergonomia é ter uma documentação a ser apresentada para a fiscalização, ou seja, é ter uma pasta de relatórios de análises ergonômicas a ser entregue ao fiscal do trabalho.
Muitas são as empresas que se contentam com os chamados "documentos de gaveta", que são apenas relatórios de análises ergonômica, sem plano de ação e sem estudos e implementação de melhorias. Algumas empresas entendem que ter a análise das atividades da empresa documentada em pastas de arquivos é o suficiente para dizer que tem um Trabalho de Ergonomia. Já dizia um grande nome da Ergonomia que "análise ergonômica sem plano de ação é enrolação". Se a empresa não tem a
intenção de criar um processo de ergonomia, com plano de ação para contenção do risco, de nada adianta levantar suas questões ergonômicas e coloca-las em uma pasta.
4. Acreditar que, ao receber o relatório final com as análises ergonômicas, o Trabalho de Ergonomia está concluído.
Muitas empresas consideram que o trabalho de Ergonomia acaba quando recebem o relatório da consultoria, mas esse é apenas o início do Processo de Ergonomia. Esse erro é induzido pelo fato de que muitas empresas contratam a consultoria para realização das análises ergonômicas, mas não para o acompanhamento do processo. Por si só, a não contratação do serviço de acompanhamento do estudo e implementação de melhorias não é um erro, desde que a empresa esteja preparada para fazer esse acompanhamento sozinha, sendo apenas instruída pela consultoria. O erro é acreditar que o trabalho está concluído, sendo que a Ergonomia é um processo. A noção de processo remete ao conceito de melhoria contínua, em que a realidade de
uma determinada situação de trabalho está sempre sendo modificada, e deve estar incorporada ao dia a dia da empresa, dentro de seu sistema de gestão. Toda vez que uma situação de trabalho passa por mudanças, a questão ergonômica precisa ser
reavaliada. O acompanhamento do plano de ação e de eventuais mudanças na área é que mantem o processo de ergonomia em continuidade.
5. A Consultoria de Ergonomia trabalha sozinha, é só contratar o trabalho e esperar
os resultados.
O erro aqui é não envolver no processo de ergonomia outros setores da empresa, entendendo que a consultoria de Ergonomia vai entrar na empresa e trabalhar sozinha. O consultor de Ergonomia não trabalha sozinho, ele atua em equipe, incluindo, pelo menos, as seguintes pessoas:
Além disso, o consultor de Ergonomia precisa também de informações do serviço médico (quando existe), do setor de gestão de pessoas, da segurança do trabalho, do setor jurídico, das áreas de produção e outras áreas afins. Com base nessas informações é que se tiram as conclusões finais sobre riscos ergonômicos e prioridades de ação.
Vamos bater um papo sobre esses erros de forma gratuita?!
Muitos são os motivos para se realizar um trabalho de Ergonomia, mas alguns erros que são cometidos pelas empresas podem significar o desperdício de muito dinheiro e criar a impressão de que a Ergonomia não seja um item essencial para uma empresa. Citaremos a seguir alguns dos motivos que levam empresas a investir em Ergonomia, e podemos aprofundar essa discussão em um próximo post. Seguem os motivos:
- Melhoria dos processos e ganho de produtividade, com consequentes ganhos financeiros;
- Melhoria das condições de trabalho;
- Redução das lesões e doenças relacionadas ao trabalho;
- Redução da fadiga;
- Suporte jurídico robusto para a empresa lidar com questões trabalhistas;
- Outros.
Essa falta de conhecimento sobre Ergonomia é o que leva às contratações de trabalhos sem objetivos e propósitos claros, e o resultado final são documentos e processos engavetados, e, claro, perda de tempo e dinheiro dos envolvidos. Quando a proposta de trabalho não é bem planejada, os consultores de ergonomia acabam fazendo um trabalho que "acreditam" ser o melhor para aquela empresa, mas nem sempre as expectativas são atendidas. E a frustração acaba se tornando real para ambas as partes: os contratantes seguem com propostas que não entendem, e os contratados apresentam resultados que não são compreendidos e nem levados à sério como seria necessário.
Quais são então esses erros cometidos no momento da contratação do Trabalho de Ergonomia que levam à essas frustrações? É necessário entender um pouco do processo de trabalho da ergonomia para evita-los.
Vamos aos 5 principais erros:
1. Não entender a diferença entre "Laudo Ergonômico" e "Análise Ergonômica" e contratar o trabalho sem saber exatamente que tipo de documentos (informações) realmente precisa e irá receber.
Boa parte das empresas fazem a seguinte solicitação: "Preciso um orçamento de laudo ergonômico para minha empresa". Existem diferenças entre Laudo e Análise Ergonômica. De forma bastante resumida, a análise seria um estudo aprofundado de uma situação de trabalho, e o laudo seria um parecer técnico sobre alguma questão específica dessa situação de trabalho. Assim, caso essa diferença não seja entendida no ato da contratação do trabalho, o relatório final pode apresentar resultados diferentes do esperado. Por exemplo: a empresa desejava um laudo técnico sobre uma cadeira a ser adquirida para um escritório, mas solicitou uma análise ergonômica e acabou recebendo um relatório com detalhamento de toda a questão ergonômica do escritório. Não só esse trabalho custou mais caro que o necessário, por ser mais completo e aprofundado, mas também acabou elucidando uma série de questões que a empresa talvez não tenha o objetivo de trabalhar no momento. Isso acaba levando a empresa a entender que o investimento não valeu a pena.
2. Solicitar a elaboração de análises ergonômicas de todas as atividades da empresa, sem entender, de fato, qual a demanda para a realização dessas análises.
Essa é uma das situações mais comuns. A empresa relata apenas que precisa fazer a análise ergonômica de todas as atividades da empresa. A razão: simplesmente para ter todas as análises em mãos, pois acredita que isso a deixa com a situação ergonômica sob controle. Mas o problema já começa na elaboração do orçamento, pois o tempo e a dedicação demandados para realização de análises ergonômicas de todas (todas!) as atividades de uma empresa é grande, e isso acaba custando caro. Além desse tipo de demanda gerar orçamentos caros e tempo longo para a conclusão do trabalho, outro problema comum decorrente dele é a falta de ações resolutivas após a realização das análises, pois a empresa já "gastou" todo seu tempo e fôlego financeiro apenas para levantamento dos dados. Pode ser que, para algumas empresas, seja realmente necessário realizar a análise ergonômica de todas as atividades, e pode ser inclusive muito interessante ter o conhecimento geral de toda a questão ergonômica da empresa. Entretanto, há maneiras práticas e menos dispendiosas, e inclusive mais efetivas, para se fazer isso.
Existem o Censo de Ergonomia, o Mapeamento Ergonômico, entre outras ferramentas que podem ser usadas. Tudo está no planejamento adequado do trabalho, quando há, de fato, uma demanda clara e objetiva das necessidades da empresa.
3. Entendimento de que ter um Trabalho de Ergonomia é ter uma documentação a ser apresentada para a fiscalização, ou seja, é ter uma pasta de relatórios de análises ergonômicas a ser entregue ao fiscal do trabalho.
Muitas são as empresas que se contentam com os chamados "documentos de gaveta", que são apenas relatórios de análises ergonômica, sem plano de ação e sem estudos e implementação de melhorias. Algumas empresas entendem que ter a análise das atividades da empresa documentada em pastas de arquivos é o suficiente para dizer que tem um Trabalho de Ergonomia. Já dizia um grande nome da Ergonomia que "análise ergonômica sem plano de ação é enrolação". Se a empresa não tem a
intenção de criar um processo de ergonomia, com plano de ação para contenção do risco, de nada adianta levantar suas questões ergonômicas e coloca-las em uma pasta.
4. Acreditar que, ao receber o relatório final com as análises ergonômicas, o Trabalho de Ergonomia está concluído.
Muitas empresas consideram que o trabalho de Ergonomia acaba quando recebem o relatório da consultoria, mas esse é apenas o início do Processo de Ergonomia. Esse erro é induzido pelo fato de que muitas empresas contratam a consultoria para realização das análises ergonômicas, mas não para o acompanhamento do processo. Por si só, a não contratação do serviço de acompanhamento do estudo e implementação de melhorias não é um erro, desde que a empresa esteja preparada para fazer esse acompanhamento sozinha, sendo apenas instruída pela consultoria. O erro é acreditar que o trabalho está concluído, sendo que a Ergonomia é um processo. A noção de processo remete ao conceito de melhoria contínua, em que a realidade de
uma determinada situação de trabalho está sempre sendo modificada, e deve estar incorporada ao dia a dia da empresa, dentro de seu sistema de gestão. Toda vez que uma situação de trabalho passa por mudanças, a questão ergonômica precisa ser
reavaliada. O acompanhamento do plano de ação e de eventuais mudanças na área é que mantem o processo de ergonomia em continuidade.
5. A Consultoria de Ergonomia trabalha sozinha, é só contratar o trabalho e esperar
os resultados.
O erro aqui é não envolver no processo de ergonomia outros setores da empresa, entendendo que a consultoria de Ergonomia vai entrar na empresa e trabalhar sozinha. O consultor de Ergonomia não trabalha sozinho, ele atua em equipe, incluindo, pelo menos, as seguintes pessoas:
- O gerente do processo produtivo ou o gestor da área
- O engenheiro, técnico ou o responsável pela atividade sendo analisada
- O consultor de ergonomia
- Pelo menos um trabalhador experiente na atividade analisada
Além disso, o consultor de Ergonomia precisa também de informações do serviço médico (quando existe), do setor de gestão de pessoas, da segurança do trabalho, do setor jurídico, das áreas de produção e outras áreas afins. Com base nessas informações é que se tiram as conclusões finais sobre riscos ergonômicos e prioridades de ação.
Vamos bater um papo sobre esses erros de forma gratuita?!
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